sábado, 11 de agosto de 2012

Visita inesperada

A secura na boca e o sol na cara faziam ele respirar intensamente. Estava ali no meio do nada. Em pleno sertão. Na seca. A vegetação o deixava triste e um pouco depressivo. Para onde olhava não enxergava vida. Era tudo morto na cabeça dele. Não havia vida. Só sol e calor.

Entretanto algo o fazia repensar aquilo tudo: o sorriso das pessoas que viviam ali. A simplicidade e a humildade com que levavam a vida o fizeram refletir. A seca era normal. O que não era normal era a falta de água. Mas eles estavam ali sorridentes esperando a chuva para esverdiar o campo e encher o copo de água para as visitas inesperadas, como a dele.

Ao ver a água, sorria ele como os outros. E matara a sede, e matara a desesperança, e matara os medos do sertão até aquele momento.

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