quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Um outro abraço de 'eu te amo'

Quando ela chegou, disse ao abraçar: eu te disse que vinha. Ao se despedir, falou com lágrimas no rosto: eu te amo. É assim, elas vêm e vão. Ficam um pedaço e fogem por mais um tempo. É a saudade que chega, fica, diminui, aumenta. É a inconstante da vida essa tal de saudade.

Ela declamava, a nós dois, o soneto da fidelidade. Entre lágrimas e rostos vermelhos de sol e de emoção. Não se sabe ao certo o que era aquele vermelho. Era uma cor de alegria e de tristeza, ao mesmo tempo. No tempo que falava. No tempo que sentia. Eram tempos e dias felizes.

Dos sorrisos e das cervejas, ele lembrava os passos cambaleantes. De bar em bar, a memória recorda os brindes à amizade. "Vamos entrar e tomar só uma". E dessa, umas e outras. E o tempo ia passando sem aqueles perceberem a hora. Sem tempo para esperar a felicidade.

Da chegada, a alegria. Da partida, sem palavras e todas as palavras. E as promessas de novas vindas e idas. De novos encontros e reencontros. O que restou foi saudade mesmo. Restou a amizade. Restou amor também. Restaram coisas boas. Das chegadas, o abraço apertado. E das partidas, um outro abraço apertado de 'eu te amo'.